sábado, 20 de dezembro de 2014

POR QUE NÃO PARTICIPEI DOS GRUPOS CONTRA O GOVERNO MILITAR. NÃO TEVE LADO MOCINHO



ERA A "DEMOCRACIA" QUE OS JOVENS DA ÉPOCA QUERIAM E NÃO O COMUNISMO E MUITOS FORAM ENGANADOS


SOU CONTRA RADICALMENTE A QUAISQUER TIPOS DE TORTURAS E ASSASSINATOS.  ABOMINÁVEIS.

MAS A COMISSÃO DA VERDADE DEVERIA INVESTIGAR OS DOIS LADOS E APRESENTAR RELATÓRIOS DAS PERDAS E ASSASSINATOS COMETIDOS PELOS COMUNISTAS E MILITARES.

FUI SELECIONADA AOS 16 ANOS PARA PARTICIPAR DE REUNIÕES ONDE SE DELINEAVA AÇÕES CONTRA O GOVERNO MILITAR. HOJE TENHO 60 ANOS.

MAS SAIR "FORA" A INTENÇÃO DA MAIORIA ERA IMPLANTAR NO BRASIL, O COMUNISMO/SOCIALISMO E NÃO A DEMOCRACIA E ACREDITO QUE DEVIDO.

A ISTO HOUVERAM OS EXCESSOS DE TODAS AS PARTES NÃO TEM "SANTINHOS' NESSA ÉPOCA QUE MANCHOU A  HISTÓRIA BRASILEIRA.

 E "IMPEROU A LEI DO MAIS FORTE".

FORAM MUITOS ESTUDANTES CONVOCADOS NAQUELA ÉPOCA E QUE PENSARAM QUE ERA PARA PEDIR O RETORNO DO GOVERNO DEMOCRÁTICO E NUNCA NOS DISSERAM QUE HAVERIA LUTA ARMADA COM SUAS CONSEQUÊNCIAS (ASSASSINATOS, SEQUESTROS, ROUBOS...).

QUANDO PERCEBI O TAMANHO DA ENCRENCA "CAIR FORA" E NUNCA FUI MOLESTADA, TORTURADA.

ENFIM 25 ANOS DEPOIS HOUVE A TRANSIÇÃO CALMA PARA DEMOCRACIA. VIVI ESSES ANOS NA PAZ. SEMPRE BUSCANDO A LIBERDADE, O GOVERNO DEMOCRÁTICO.



AS MANIFESTAÇÕES E QUE NÃO TERIA LUTA ARMADA, ASSASSINATOS, SEQUESTROS, ROUBOS. QUANDO PERCEBI O TAMANHO DA ENCRENCA "CAIR FORA" E NUNCA FUI MOLESTADA, TORTURADA E ENFIM 25 ANOS DEPOIS HOUVE A TRANSIÇÃO CALMA PARA DEMOCRACIA. VIVI ESSES ANOS NA PAZ. SEMPRE BUSCANDO A LIBERDADE, O GOVERNO DEMOCRÁTICO.

HAVIA MUITOS JOVENS SAINDO DA ADOLESCÊNCIA E QUE ERAM MILITARES. E NÃO ACEITAVAM TORTURAR IRMÃOS BRASILEIROS.

MUITOS NÃO CONCORDAVAM. NAMOREI UM MILITAR DE 22 ANOS E SEI DESSAS HISTÓRIAS.

MAS A JUVENTUDE SOCIALISTA/COMUNISTA BRASILEIRA COMPROU A BRIGA COM OS MILITARES PARA IMPLANTAR O COMUNISMO NO BRASIL, ERAM TREINADOS NA RÚSSIA, CUBA.

E MUITOS JOVENS FORAM ASSASSINADOS NAQUELA ÉPOCA ACHANDO QUE LUTAVAM PELA DEMOCRACIA E FORAM ENGANADOS. EU NÃO, SAIR À TEMPO.


 "LEIAM OS ASSASSINATOS E TORTURAS BÁRBARAS DOS DOIS LADOS".

QUEM ENTROU NUMA BRIGA "PERDIDA" CONTRA O EXÉRCITO BRASILEIRO TOPOU O QUE IRIA ACONTECER DALI POR DIANTE E ASSASSINARAM, TORTURAM, ROUBARAM TAMBÉM PESSOAS INOCENTES.

MEU LEMA SEMPRE FOI E SERÁ A DEMOCRACIA PLENA. 

EU NÃO TORTUREI E NEM FUI TORTURADA. NÃO SOU IDIOTA. SABIA QUE CONTRA O EXÉRCITO BRASILEIRO A LUTA JÁ ESTAVA VENCIDA POR ELES.

FORA O COMUNISMO!

"No mais famoso romance de George Orwell, a história se passa no “futuro” ano de 1984 na Inglaterra, ou Pista de Pouso Número 1, parte integrante do megabloco da Oceania. É comum a confusão dos leitores com o continente homônio real. O megabloco imaginado por Orwell tem este nome por ser uma congregação de países de todos os oceanos. A união de Alca (Área de Livre Comércio das Américas), Reino Unido, Sul da África e Austrália não parece estar tão distante da realidade.

E a transformação da realidade é o tema principal de “1984”. Disfarçada de democracia, a Oceania vive um totalitarismo desde que o IngSoc (o Partido) chegou ao poder sob a batuta do onipresente Grande Irmão (Big Brother).

Narrado em terceira pessoa, o livro conta a história de Winston Smith, membro do partido externo, funcionário do Ministério da Verdade.  A função de Winston é reescrever e alterar dados de acordo com o interesse do Partido. Nada muito diferente de um jornalista ou um historiador. Winston questiona a opressão que o Partido exercia nos cidadãos. Se alguém pensasse diferente, cometia crimidéia (crime de ideia novilínguia) e fatalmente seria capturado pela Polícia do Pensamento e era vaporizado. Desaparecia.

Inspirado na opressão dos regimes totalitários das décadas de 30 e 40, o livro não se resume a apenas criticar o stalinismo e o nazismo, mas toda a nivelação da sociedade, a redução do indivíduo em peça para servir ao estado ou ao mercado através do controle total, incluindo o pensamento e a redução do idioma. Winston Smith representa o cidadão-comum vigiado pelas teletelas e pelas diretrizes do Partido. Orwell escolhera este nome na soma da ´homenagem´ ao primeiro-ministro Winston Churchill com o uso do sobrenome mais comum na Inglaterra.
A obra-prima foi escrita no ano de 1948 e seu título invertido para 1984 por opressão dos editores. A intenção de Orwell era descrever um futuro baseado nos absurdos do presente.

Winston Smith e todos os cidadãos sabiam que qualquer atitude suspeita poderia significar seu fim. E não apenas sair de um programa de TV com o bolso cheio de dinheiro, mas desaparecer de fato. Os vizinhos e os próprios filhos eram incentivados a denunciar à Polícia do Pensamento quem cometesse crimidéia. Fato comum nos regimes totalitários.

Algo estava errado, Winston não sabia como mas sentia e precisava extravasar. Com quem seria seguro comentar suas angústias? Não tendo respostas satisfatórias, Winston compra clandestinamente um bloco e um lápis (artigos de venda proibida adquiridos num antiquário).

Para verbalizar seus sentimentos, Winston atualiza seu diário usando o canto “cego” do apartamento. Desta forma ele não recebia comentários nem era focalizado pela teletela de seu apartamento. Um membro do Partido (mesmo que externo como Winston) tinha de ter uma teletela em casa, nem que fosse antiga. A primeira frase que Winston escreve é justificável  e atual: Abaixo o Big Brother!

A vida de repressão e medo nem sempre fora assim na Oceania. Antes da Terceira Guerra e do Partido chegar ao poder, Winston desfrutava uma vida normal com os seus pais.

Mesmo Winston tinha dificuldades para lembrar das recordações do passado e da vida pré-revolucionária. Os esforços da propaganda do Partido com números e duplipensamento tornavam a tarefa quase impossível já que o futuro, presente e passado eram controlados pelo Partido.

O próprio ofício de Winston era transformar a realidade. No Miniver (Ministério da Verdade), ele alterava dados e jogava os originais no incinerador (Buraco da Memória) de tudo que pudesse contradizer as verdades do Partido. A função de Winston é uma crítica à fabricação da verdade pela mídia e da ascenção e queda de ídolos de acordo com alguns interesses.

O Partido informa: a ração de chocolate semanal aumenta para 20g para cada cidadão. O trabalho de Winston consistia em coletar todos os dados antigos em que descreviam que a ração antiga era de 30g e substituí-los pela versão oficial. A população agradece ao Grande Irmão pelo aumento devido aos propósitos mediáticos do poder. Winston entendia que adulterava a verdade, por muito tempo ele encobria a verdade para si, mas, aos poucos, ele começava a questionar calado e solitariamente. O medo de comentar algo era um dos trunfos do Partido para o controle total da população. Winston tinha esperança na prole. Na sua ingênua visão, que confunde-se com a biografia de Orwell em sua visão durante a guerra civil espanhola, a prole é a única que pode mudar o status quo.

Winston lembra dos “Dois minutos de ódio”, parte do dia em que todos os membros do partido se reúnem para ver propaganda enaltecendo as conquistas do Grande Irmão e, principalmente, direcionar o ódio contido contra os inimigos (toteísmo usado, amplamente pelo ser humano: odeie o seu inimigo e se identifique com o seu semelhante). Durante este ato, Winston repara num membro do Partido Interno, seu nome é O´Brien. Winston separou-se devido à devoção de sua esposa ao Partido. Ela seguia a determinação que o sexo deveria ser apenas para procriação de novos cidadãos. O sexo como prazer era crime. Ao ver uma bela mulher, lembrou-se da última vez que fizera sexo. Havia três anos e com uma prostituta repugnante. Boicotar o sexo, como pretendem os atuais donos-do-mundo é uma das forças –motrizes para dominar a mente. Winston anotava tudo o que se passava pela sua cabeça. Um exercício proibido mas necessário. Anotar e lembrar pode ser muito perigoso. O caso mais escandaloso que revoltava Winston era o de Jones, Aaronson e Rutherford, os últimos três sobreviventes da Revolução. Presos em 1965, confessaram assassinatos e sabotagens em seus julgamentos. Foram perdoados, mas logo foram presos e executados. Após um  breve período Winston os viu no Café Castanheira (local mal-visto pelos cidadãos que não queriam cometer crimidéia). No ano do julgamento Winston refez uma matéria sobre os três ´traidores´. Recebeu através do tubo de transporte que eles estavam na Lestásia naqueles dias, mas ele sabia que eles confessaram estar na Eurásia (naquela época a Eurásia era a inimiga, mas num piscar de olhos, a Lestásia deixava de ser aliada e passava a ser inimiga).

Esta é uma crítica às alianças políticas, principalmente ao pacto de Hitler e Stalin. Os nazistas chegaram ao poder financiados também por setores dos EUA para combater o avanço do comunismo. Durante a vigoração do pacto, a aliança entre Moscou e Berlim sempre existiu para a população dos dois países. Eles não eram amigos, eles sempre foram amigos! No ano seguinte, rumo ao ´espaço vital alemão´, os russos sempre foram os inimigos. Sempre tinham sido. Bastante atual se com pararmos o apoio logístico e bélico dado aos estadunidenses a Saddam Hussein e Osama bin Laden para combater o comunismo. Agora, eles são os inimigos eternos.

A mentira do Partido era a prova que Winston procurava para si. Havia algo podre na Oceania. Winston , que era curioso mas não era burro, joga o papel que podia incriminá-lo no buraco da memória. Revoltado, escreve no seu diário que liberdade é poder escrever que dois mais dois são quatro. As fábricas russas ainda contém placas com o lema: dois mais dois são cinco se o partido quiser.

Não era bem-visto que membros do Partido frequentassem o bairro proletário. Winston estivera havia poucos dias no mesmo local para comprar seu diário. Depois de um costumaz bombardeio, Winston entrevista pessoas sobre como era a vida antes da guerra, mas os idosos não lembram mais, apenas futilidades e coisas pessoais. Ao votar ao antioquário o proprietário tem uma surpresa para o curioso por antiguidades. Winston esperava ver algum objeto anterior ao Partido mas o que o Sr. Carrington lhe mostra é um quarto com arrumação e mobílias antigas. Sem tetelas.

Winston, ao sair do antiquário, vê uma mulher e desconfia que ela seja uma espião da Polícia do Pensamento. No dia seguinte, a encontra no Ministério da Verdade, o que aumenta o seu temor em ser denunciado. Ao passar por Winston , ela simula uma dor para desviar a atenção das tetelas, e lhe passar um bilhete escrito: “Eu te amo”.

As normas do Partido deixavam claro que membros do Partido, principalmente dos sexos opostos, não deviam se comunicar a não ser a respeito de trabalho.  Passaram-se semanas em conversas fragmentadas até conseguirem marcar um encontro num lugar secreto longe dos microfones escondidos. Winston só descobre seu nome após beijá-la. Júlia confessa que ficou atraída por Winston pelo seu rosto que parecia ir contra o partido. Estava na cara que Winston era perigoso à ordem e ao progresso.

Winston se surpreende ao saber que Júlia se  ´apaixonava´ com facilidade. O desejo dela era corromper o estado por dentro, literalmente. Para continuar seu romance com Júlia, Winston têm a ideia de alugar aquele quarto do antiquário.

Winston ficou impressionado e passou a acreditar que Júlia seria uma ótima companheira de guerra. Por enquanto, era a pessoa que Winston podia compartilhar seus sentimentos e secreções. Apaixonado, ele recupera peso e saúde. Enquanto isso, o partido organizava a “A Semana do ódio” (paródia dos mega-eventos políticos, principalmente as Reuniões de Nuremberg promovidas pelo partido nazista e das paradas  militares comunistas) e algumas pessoas desapareciam. Syme, filologista que dedicava-se a finalizar a décima-primeira edição do Dicionário de Novilíngua, tornou-se impessoa. Seu nome não estava mais nos quadros. Nunca esteve.

Certo dia, O`Brien, um membro do Partido Interno, percebe também que Winston era diferente dos outros. O`Brien o convida , para despistar as teletelas, a ir ao seu apartamento ver a nova edição do dicionário novilíngua. O convite de O`Brien era incomum e fez Winston se animar com a possibilidade de uma insurreição. Ele passa a crer que a  Fraternidade não era apenas peça de propaganda, a organização anti-Grande Irmão responsável por todos os danos causados na Oceania TAM qual Bola-de-Neve em “A Revolução dos Bichos”.

Winston leva Júlia ao encontro. Para o espanto do casal, O `Brien desliga a teletela de seu luxuoso apartamento. Alguns integrantes do partido Interno tinham permissão para se desconectar de suas ´bandas- largas´ por alguns instantes. Winston confessa seu desejo de conspirar contra o Partido, pois acreditava na existência da Fraternidade e para tal suas esperanças estavam depositadas em O`Brien. Os planos eram regados a vinho digno, artigo inviável para os integrantes do Partido Externo, e o brinde destinado ao lider da Fraternidade, Emanuel Goldstein. Dias depois, Winston recebe a obra política de Goldstein em seu cubículo.

Winston “devora” o livro enquanto Júlia não demonstra o mesmo interesse. Winston ainda acredita nas proles mesmo a ver uma mulher cantando uma música pré-fabricada em máquinas de fazer versos. Nada muito distante da música atual. “Nós somos os mortos” filosofa Winston ao contemplar a vida simples da prole. A ignorâcia dos menos abastados não era perigo para o Partido e, portanto, não sofria tanta repressão quanto os membros, superiores e inferiores do Partido, a classe média. “Nós somos os mortos” repete uma voz metálica. Sim, era uma teletela escondida atrás de um quadro. Guardas irrompem o quarto e Winston vai para uma cela, provavelmente, no Ministério do Amor.

Até as celas tinham teletelas que vigiavam cada passo de um Winston doente e faminto. Os prisioneiros têm a fisionomia dos do campo de concentração. Ao encontrar O`Brien, Winston que pensara que ele também fora capturado, escuta a frase mais enigmática do livro: “Eles me pegaram há muito tempo”.

Winston vai para uma sala e O`Brien torna-se o seu torturador. O `Brien explica o conceito do duplipensar, o funcionamento do Partido e questiona Winston das frases de seu diário sobre liberdade. O`Brien não esquece o que o Winston escreveu. A liberdade é o tema para que O`Brien durante a tortura o controle da realidade. Se fosse necessário deveria, haver quantos dedos em sua mão estendida o partido quisesse. A verdade pertence ao Partido já que este controla a memória das pessoas. Winston, torturado e drogado começa a aceitar o mundo de O`Brien e passa ao estágio seguinte da adaptação que consiste em: aprender, entender e aceitar Winston sabia  que já estava se adaptando e confessando que a Eurásia era inimiga e que nunca tinha visto a foto dos revolucionários. Mas ainda faltava a reintegração e Ester ritual de passagem só poderia ser concluído no Quarto 101. Segundo O `Brien, o pior lugar do mundo.

O Quarto 101 é um inferno personalizado. Como Winston tem pavor de roedores, os torturadores colocaram uma máscara em seu rosto com uma abertura para uma gaiola cheia de ratos famintos separada apenas  por uma portinhola. A única forma de escapar era renegar o perigo maior ao Partido, o amos a outra pessoa acima do Grande Irmão. “Pare . Faça isso com a Júlia”. Grita Winston.

Winston, libertado, termina seus dias tomando Gim Vitória e jogando sozinho xadrez no Castanheira  Café. Ao fundo, seu rosto aparece na teletela confessando vários crimes. Ele foi solto e teve sua posição rebaixada para um trabalho ordinário num sub-comité. Trajetória de milhares de pessoas de regimes totalitários, como o tcheco Thomaz de “A Insustentável Leveza do Ser” de Milan Kundera, o caso do médico que vira pintor de pareces ao renegar as ordens do partido não é muito diferente daqueles que não se adaptam em sua profissões no mundo livre S/A.

Júlia escapa também do Quarto 101. O Partido os separou e os dois só voltaram a se encontrar ocasionalmente. Já não eram mais as mesmas pessoas. Tinham “crescido” e se traído. Winston, no Café Castanheira, sorri. Está completamente adaptado ao mundo. Finalmente ele ama o Grande Irmão."

GEORGE ORWELL - 1984





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